quinta-feira, 17 de junho de 2010

VELHO CHICO


A proximidade dos festejos juninos, com suas belas músicas, ao som do nosso tradicional forro, nos faz lembrar o crônico problema da seca nordestina e a vida sofrida do sertanejo, que vive de teimoso, contrariando a natureza e aos olhos inertes dos nossos governantes, que aproveitando deste povo sofrido, instaurou a indústria da seca como palanque de campanha eleitoreira.
Salve este povo sofrido, que vive em regiões inóspitas onde a água é cada vez escassa, onde os rios são poucos e morrem pelo descaso e ação devastadora do homem que polui e destrói a natureza, fazendo com que estas terras tornem-se cada vez mais áridas e improdutivas.
Também não podemos deixar de lembrar o grande rio da integração nacional "O velho Chico", tão cantado em versos e prosas nas nossas modinhas juninas, onde os poetas retratam suas belezas, sua degradação e clamam por socorro para que este grande manancial não venha nos faltar. Que as autoridades repensem este malfadado projeto de transposição de suas águas, para não acelerar a degradação implementada pelo homem.
O uso desenfreado dos recursos naturais estão causando mudanças climáticas, elevando a temperatura, diminuindo sua vazão e expondo cada vez mais este rio, cujas águas não vão mais até o meio do mar como cantava o nosso Gonzagão.
Por fim clamam os poetas:
" Deus mande chuvas para serra da Canastra....Vamos replantar suas margens, devolver toda paisagem que o Chico teve outrora.....Cada proa que aparece em seu leito é um pedido com jeito, de não me deixe morrer.....Devolvam aos peixes seu santuário sagrado, que o Velho Chico calado, só tem de lhe agradecer! " (Caldeira Filho).

Não deixem o Velho Chico morrer!
Por Dr. Carlos Martins

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